Liderança momentânea não significa vitória de Jayme ao Senado
Não há projeção confiável sobre evolução de campanha a ponto de transformá-la em votos. Mas, existem indicativos que sugerem bom ou péssimo desempenho de candidatos. Cobri a convenção do Democratas, no sábado, 4. E nesta quinta, 16, estive no lançamento das candidaturas majoritárias do DEM em Mato Grosso. Em ambos os eventos observei atentamente a presença (e ausência) de lideranças municipais ligadas àquele partido. De modo especial fiquei atento aos discursos e ao apoio recebido por Jayme Campos, candidato ao Senado. Avalio que dificilmente ele será eleito.
Na convenção havia pequeno público ligado a Jayme, mas vale destacar a presença do ex-prefeito de Água Boa, Germano Zandoná. No lançamento, também pouca presença e destaco o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Juína, Hilton Campos.
Em meio aos dois eventos uma pesquisa do instituto Real Time Big Data mostra que Jayme lidera na disputa ao Senado com 17% das intenções de voto, embaralhado com o tucano Nilson Leitão (16%) e seguido por Selma Rosane (PSL) e Procurador Mauro (PSOL) empatados com 9%.
Pesquisa (quando séria) reflete o pensamento do momento. Portanto, imaginemos que Jayme tenha realmente 17% do eleitorado ao lado de sua candidatura. Como ele chegou a tal índice? Com o aval que o eleitor acima da meia idade dá ao seu período no governo (91/94) e a influência dessas figuras sobre familiares, amigos, conhecidos e funcionários.
Não vejo outro perfil para o eleitorado de Jayme que não seja o acima citado. Portanto, não acredito que seu desempenho eleitoral melhore. Ao contrário, com o avanço da campanha alguns candidatos com menor presença nas pesquisas poderão subir, notadamente Selma e Procurador Mauro. Leitão tem margem para conquistar mais eleitores. Caso isso se confirme, Jayme não se elegerá.
Procurador Mauro acaba de lançar sua candidatura e na pesquisa ultrapassa candidatos quase crônicos. O voto de protesto contra a classe política tem endereço certo nele. Selma pode se preparar para rasteiras intestinais em sua coligação, pois seu crescimento abala Leitão.
Jayme Campos foi prefeito de Várzea Grande em três mandatos, foi governador e senador. Sua mulher, Lucimar Campos (DEM) é prefeita de Várzea Grande. O deputado federal e presidente regional do Democratas, Fábio Garcia é seu primeiro suplente e a pecuarista Cândida Fárias, segunda suplente; Fábio é neto do ex-governador Garcia Neto e sobrinho do suplente de senador em exercício Rodrigues Palmas (PR); Cândida é viúva do ex-governador Wilmar Peres de Farias e mãe do prefeito de Barra do Garças, onde mora, Beto Farias.
Eduardo Gomes/blogdoeduardogomes
FOTO: Dinalte Miranda
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