Boa Midia

Mentoplastia: a saúde através do queixo

 

Primeiro lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, o Brasil vem contabilizando mais de 1,5 milhão de operações por ano nos últimos quatro anos. Conforme um estudo da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (Isaps – sigla em inglês), as mulheres são responsáveis por cerca de 80% das operações estéticas realizadas no país. Mas a procura de cirurgias estéticas por homens cresce continuamente.

Nos pacientes que tem o queixo pequeno, do ponto de vista estético, quando reposicionamos cirurgicamente o queixo (mento) para a frente, há uma melhora na silhueta da face. O queixo bem posicionado proporciona uma melhor harmonia facial. Ocorre também o “esticamento” dos tecidos e a redução ou desaparecimento da “papada”.

Apesar de estarmos falando em cirurgia estética, em algumas situações, há uma melhora funcional na vedação labial, o que geralmente auxilia pacientes que respiram pela boca a respirarem melhor pelo nariz. Mais que um rosto perfeito, a cirurgia no queixo ou mentoplastia também pode ajudar a resgatar a saúde dos pacientes por contribuir com uma melhor respiração. E a respiração mais adequada contribui para uma melhor mastigação e fala. Só quem sempre teve dificuldade para respirar pelo nariz, por exemplo, sabe o quanto é um alívio poder aspirar e soltar o ar tranquilamente pelas narinas.

Casos mais severos de deficiência do queixo podem exigir cirurgia na mandíbula propriamente dita e também do queixo. Mas, o que seria a mentoplastia, então? É uma técnica cirúrgica que consiste em reposicionamento do queixo em qualquer direção do espaço, para frente (que é mais comum), para baixo, para trás ou reduzir a sua altura, de acordo com o que o biotipo e dos anseios do paciente.

Mas atenção! Mesmo que o paciente deseje mudar, é importante passar por avaliações minuciosas antes de se submeter a uma cirurgia plástica. O queixo e o nariz estão muito relacionados. Por vezes um nariz de tamanho normal parece maior porque o queixo é pequeno ou vice-versa.

Na última década, foi muito propagada a colocação de prótese no queixo, para aumentar a sua projeção. Hoje sabemos que a sua indicação é bastante limitada, por várias razões. Ao planejar uma cirurgia no mento, o ideal é o reposicionamento do mesmo com cortes ósseos (osteotomias) que são realizadas por dentro da boca, não deixando cicatrizes aparentes. Após reposicionado, o queixo é fixado na nova posição com parafusos de titânio, o mesmo material com que é feito os implantes dentários, e ficarão na intimidade do osso para sempre. As desvantagens do uso da prótese de mento é que os tecidos podem ficar mais endurecidos na região (podem perder aquela impressão de naturalidade dos tecidos moles), algumas irregularidades podem ser palpáveis, e há risco de infecção e perda da prótese.

É óbvio que não devemos propor um planejamento somente baseado nos desejos e sonhos estéticos. É necessário buscar consonância com os preceitos de beleza da face. Aliás, a conquista de uma expressão mais harmônica e bonita é irrefutável, algo que vem atraindo dezenas de celebridades no mundo. O procedimento também vem conquistado adeptos entre os homens, na busca pelo ‘super queixo’, atributo que confere mais força, masculinidade e confiança. Beleza, funcionalidade e resgate de autoestima são algumas das indicações da cirurgia do queixo.

 

Adalberto Novaes é graduado em Medicina e Odontologia e é especialista em Cirurgia Craniomaxilofacial, Otorrinolaringologia e Implantodontia. É professor da Faculdade de Medicina da UFMT.

 

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