Boa Midia

MUNDIAL DE CLUBES – Não deu, Grêmio

 

Eleito neste ano o melhor jogador do mundo pela quinta vez, Cristiano Ronaldo também comprovou neste sábado que é um dos maiores da história. De falta, ele fez o gol do triunfo e se consolidou como o maior artilheiro da competição desde que a Fifa passou a organizá-la – tem sete, contra cinco de César Delgado, Lionel Messi e Luis Suárez.

o Grêmio, pressionado pelo Real Madrid e com dificuldades para impor seu jogo, teve poucas chances para conquistar o bicampeonato mundial. Em 1983, liderado em campo por Renato Gaúcho, a equipe brasileira vencera o Hamburgo na decisão realizada no Japão. Do banco, contudo, o técnico pouco pôde fazer para barrar o favoritismo do time espanhol.

A derrota, presenciada no estádio por mais de sete mil torcedores gaúchos, ainda impediu Renato de obter um grande feito. Se fosse campeão, ele seria o primeiro brasileiro a ser campeão mundial como jogador e técnico – e o quinto em toda a história.

Esse foi o segundo título mundial consecutivo do Real Madrid, o terceiro nos últimos quatro anos e o sexto em todos os tempos – ganhou também em 1960, 1998 e 2002, quando o hoje técnico Zinedine Zidane era o “maestro” da equipe. Maior campeão da competição, a equipe ainda ampliou sua vantagem para o Milan, segundo com quatro conquistas.

O resultado deste sábado também confirmou o ano impecável do Real Madrid. Depois de conquistar o Campeonato Espanhol, a Supercopa da Espanha, a Supercopa Europeia e a Liga dos Campeões, a equipe chegou ao quinto título em 2017.

 

Cristiano marca e comemora
Cristiano marca e comemora

O JOGO – Se o Real Madrid tinha o retorno de alguns importantes titulares como Carvajal, Sergio Ramos e Kroos, poupados na vitória sobre o Al Jazira, por 2 a 1, o técnico Renato Gaúcho manteve a escalação do time que derrotou o Pachuca, por 1 a 0. Barrios, assim, foi mantido como titular – e Jael continuou no banco.

E, logo no primeiro minuto, o Grêmio demonstrou como seria parte de sua estratégia: Pedro Geromel fez falta dura e deixou Cristiano Ronaldo no chão. Era o prenúncio de um time combativo e de uma marcação firme, inicialmente até adiantada, tentando pressionar o poderoso Real Madrid em seu próprio campo.

A estratégia de Renato funcionou bem nos 15 minutos iniciais. O Real Madrid tinha dificuldade para sair jogando e tocava a bola sem ameaçar. Aos poucos, contudo, o time espanhol assumiu o total controle do duelo. E, mesmo sem chegar com grande perigo, rondava a área do adversário.

Aos 19, Modric cruzou, Carvajal bateu de primeira e Geromel cortou antes que a bola chegasse ao gol. O meia croata também tentou aos 23, em finalização que saiu próxima à trave.

O domínio madrilenho se ampliava a cada minuto. O Grêmio até tentou responder em falta cobrada por Edilson aos 27, em finalização por cima do gol de Navas. Mas a equipe brasileira tinha dificuldades para tocar a bola e segurar a pressão do Real Madrid.

Centro da polêmica criada por Renato Gaúcho, que se autoproclamou melhor jogador na comparação com o adversário, Cristiano Ronaldo fazia uma partida relativamente apagada até os 38 minutos, quando cobrou falta com perigo, forte e por cima.

Já Luan, principal destaque do Grêmio, pouco aparecia. E, assim, embora tenha segurado o 0 a 0 no primeiro tempo, o Grêmio foi para o intervalo com apenas uma finalização – contra nove do Real Madrid – e 37% de posse de bola.

Nada parecia diferente no início do segundo tempo: acuado, o Grêmio via o Real Madrid dominar o jogo. E a pressão, enfim, surtiu efeito aos sete minutos. Depois de sofrer falta, Cristiano Ronaldo pegou a bola, cobrou com força e a bola passou no meio da barreira. Entrou no canto, sacramentando o seu sétimo gol em Mundiais.

Estava um jogo tranquilo para o Real Madrid. Provocado por Renato Gaúcho, o astro português fez o segundo três minutos depois, após receber passe de Benzema. Mas a arbitragem corretamente assinalou impedimento do atacante francês.

Renato, então, mexeu no time e colocou Jael no lugar de Barrios. Mas o Real Madrid seguia melhor e quase fez o segundo com Modric, após chute que Grohe espalmou e a bola bateu na trave.

Enquanto os minutos avançavam e o Real Madrid se aproximava do bicampeonato, o Grêmio seguia apático e lento, sem sequer ensaiar a troca de passes que o caracterizou ao longo da temporada. Acabou, assim, pressionado até o fim, sem aproximar do gol que poderia levá-lo ao seu segundo título mundial.

 

FICHA TÉCNICA:

REAL MADRID 1 x 0 GRÊMIO

 

REAL MADRID – Keylor Navas; Carvajal, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Kroos, Modric e Isco (Lucas Vázquez); Cristiano Ronaldo e Benzema (Gareth Bale). Técnico: Zinedine Zidane.

GRÊMIO – Marcelo Grohe; Edilson, Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Michel (Maicon), Jailson, Ramiro (Everton), Luan e Fernandinho; Lucas Barrios (Jael). Técnico: Renato Gaúcho.

GOL – Cristiano Ronaldo, aos sete minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – César Ramos (México).

CARTÃO AMARELO – Casemiro (Real Madrid).

PÚBLICO – 41.064 torcedores.

RENDA – Não divulgada.

LOCAL – Estádio Zayed Sports City, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).

 

Itamar Cardin, especial para a AE

 

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