Operação contra crime ambiental prende arraia-miúda

Figuras anônimas na mira da Justiça. Figurões envolvidos com fraudes no Cadastro Ambiental Rural, não

Mato Grosso em peso destaca em manchete a expedição de 128 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão contra servidores da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), madeireiros, engenheiros florestais e outras figuras que coabitam no segmento que desmata a Amazônia Mato-grossenses. A Polícia Civil cumpre essa ordem judicial em Cuiabá, Várzea Grande, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Apiacás, Paranaíta, Nova Bandeirantes, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte, Itaúba, Matupá, Marcelândia, Claúdia, Santa Carmem, Ipiranga do Norte , Feliz Natal, Sorriso, Sinop, Juara, Aripuanã, Porto dos Gaúchos, Castanheira e Arenápolis.

Os mandatos foram expedidos pela juíza da  7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Mendes. A ação policial recebeu o nome de Terra a Vista e os crimes ambientais e tributários causados pelos acusados teriam começado em 2014. Estima-se que tenham causado prejuízo de R$ 150 milhões a Mato Grosso.

As investigações que resultaram nos mandados começaram após denúncia de servidores da Sema, que teriam descoberto um sistema na criação de créditos florestais manipulados que fraudavam o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora). O Ibama também contribuiu com o trabalho investigativo.

Citar os nomes dos 128 não acrescenta nada, pois no âmbito geral trata-se de arraia-miúda. Terra à Vista mostra atuação no combate a crimes ambientais praticados na cintura para baixo. Grandes figuras que estariam envolvidas no esquema de fraude de centenas de Cadastros Ambientais Rurais continuam intocáveis e as consistentes denúncias sobre tais crimes, que foram destaque no ano passado, continuam na galeria do esquecimento.

Redação blogdoeduardogomes

FOTO: Ilustrativa em arquivo