Boa Midia

PANTANAL – O boi bombeiro de volta pra casa

Eduardo Gomes

@andradeeduardogomes

eduardogomes.ega@gmail.com

A teoria acadêmica com forte influência de esquerda pega o chapéu e vai embora. Em seu lugar entra a sabedoria do homem pantaneiro,  caso defendendo o boi bombeiro. Isto. O governador Mauro Mendes sancionou uma lei que  permite  em áreas de proteção permanente (APP) a pecuária extensiva e a prática de roçada visando a redução de biomassa vegetal combustível e os riscos de incêndios florestais.

Sobre o governante, neste caso, o que for além da informação acima é bajulação, o que não é o objetivo do blog.

O que aconteceu? Há alguns anos a visão ambientalista externa amparada por incontáveis diplomas acadêmicos, satanizou o boi pantaneiro, como se os cascos do bovino fossem fogo a devorar a vegetação e colocar em perigo a fauna. Enquanto isso, a sabedoria pantaneira clamava pela soltura do gado pela imensidão pantaneira, sem se preocupar com os limites das APPs.

Tudo que  o morador da região pedia era a volta do boi bombeiro, assim chamado, pois o pisoteio, o vaivém entre os arbustos retorcidos e os imponentes jacarandás e outras espécies, juntamente com a pastagem do capim e das gramas, reduzia o volume de massa vegetal. Assim,  consequentemente em caso de incêndio os fachos seriam menores – daí o nome boi bombeiro.

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Agora, amparado por lei estadual, o velho e bom boi pantaneiro pejorativamente chamado de bom bombeiro por uns e recebendo o mesmo tratamento, mas de modo respeitoso e por reconhecimento, de outros, não tem barreiras ambientais oficiais para definir onde o mesmo pode ou não pastar.

Com a nova legislação, o Pantanal ganha com a volta da harmonia da tradição pecuária que mistura o vaqueiro, o boi, o Cavalo Pantaneiro e o cão inseparável.

Parte do problema que atinge a área alagada do Pantanal nos últimos anos é página virada. Resta, agora, a criação de uma legislação que amplie as matas ciliares em todas as bacias hidrográficas mato-grossenses, que aumente as restrições para o uso de agroquímicos, que afaste das encostas a exploração agropecuária, que zere o lançamento de esgoto sem tratamentos nos rios e outros cursos d’água, como acontece em dezenas de municípios a exemplo de Cáceres, Várzea Grande, Cuiabá, Barra do Garças, São Pedro da Cipa, Juscimeira, São Félix do Araguaia, Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger, Poxoréu, Lucas do Rio Verde, Nova Xavantina, Porto Alegre do Norte, Pontal do Araguaia, Porto Esperidião, Porto Estrela, Santa Terezinha, Apiacás, Novo Santo Antônio, Barra do Bugres, Alto Paraguai, Acorizal, Alto Araguaia, Itiquira, Peixoto de Azevedo, Matupá, Arenápolis e Nortelândia.

Boi bombeiro, o Pantanal é sua casa e o recebe de braços abertos!

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