Previna a malformação causada pela espinha bífida
A Associação de Espinha Bífida de Mato Grosso (AEB-MT) atende 190 portadores da anomalia caracterizada por uma malformação congênita decorrente do defeito do fechamento do tubo neural, desenvolvido no bebê durante o primeiro mês de gestação. A patologia gera complicações na vida da criança e pode ser dividida em três tipos: a espinha bífida oculta e a espinha bífida cística, que se divide em meningocele e mielomeningocele.
Apesar de não ter cura, há métodos que podem ajudar a prevenir e combater a deficiência. Entre as causas analisadas como principais fatores para o desenvolvimento da espinha bífida envolvem fatores genéticos e ambientais, como diabetes materna, uso de álcool e drogas e a falta de ácido fólico. “Todas as gestantes devem fazer o pré-natal e ter acompanhamento médico, onde serão realizados os exames de rotina, laboratoriais, de imagem e suplementação de ácido fólico que é capaz de prevenir em até 70% os casos de espinha bífida”, pontua o médico clínico geral Alessandro de Albuquerque Kawatake.
Em casos mais graves, como o da mielomeningocele, pode causar até a paralisia se não for corrigido a tempo, e intervenções cirúrgicas são indicadas para correções. “Quando uma criança é diagnosticada com espinha bífida, deve buscar atendimento especializado a fim de que seja analisado e seja proposto o melhor tratamento para o caso especifico”, orienta o médico que também instrui a família.
Alessandro alerta ainda para que toda a mulher que pretende ter filhos tenha um acompanhamento junto ao ginecologista para realizar exames preliminares e, então, iniciar a utilização de ácido fólico ou suspensão de medicamentos que possam causar a anomalia. “Essas ações podem identificar e reduzir os fatores de risco, de forma a previnir a espinha bífida”, completa.
Entre as principais dificuldades da associação é manter o estoque de fraldas geriátricas e sondas uretral, usadas pelos portadores da anomalia, que em sua maioria tem problemas na bexiga, além dos medicamentos para manter o funcionamento da bexiga, comprados para ajudar as famílias de baixa renda.
Para o presidente da associação, o número dos portadores da espinha bífida no estado é maior do que as pessoas cadastradas pela AEB. “Trabalhamos para nos fazer presentes em todos os 141 municípios e oferecer assistência a essas pessoas para que possam ter tratamento adequado e qualidade de vida”, salienta Abimael, que tem uma filha de 12 nascida com espinha bífida.
Ajude a AEB-MT
Para quem puder ajudar a Associação de Espinha Bífida de Mato Grosso (AEB) com doações de fraldas (BigFral) ou sondas, basta procurar a sede localizada no bairro Recanto dos Pássaros. A associação fica próximo a Escola Estadual Pascoal Moreira Cabral, na Rua Arara, nº 40, quadra 40. Ou ainda pode ligar no telefone (65) 3663-3745 ou (65) 99940-5027.
Já as doações em dinheiro podem ser feitas a partir de R$ 10 para o Banco do Brasil através da AG: 8687-8 / CC: 39086-0 – Associação de Espinha Bífida de Mato Grosso.
A associação funciona de segunda-feira à sexta-feira, das 13h às 18h, e aos sábados das 8h às 11h com cursos de informática e música para os associados e a comunidade. “Ninguém ama aquilo que não conhece, partindo dessa ideia abrimos as portas para que as pessoas conheçam a nossa associação de perto”, completa Abimael.
Stephanie Romero
FOTO: Ilustrativa em arquivo
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