Boa Midia

Rio Coxipó

Lembro-me da minha infância e juventude nesta terra que jamais a trocaria por outra.

Cuiabá proporciona não só a mim, mas a milhares de amigos meus, lembranças de uma época que infelizmente jamais voltará.

Lembranças de um Colégio Estadual de Mato Grosso onde por seus corredores desfilei com os melhores amigos que tenho e os conservo até hoje, por longos sete anos (quatro de ginásio e três de Científico), com Mestres maravilhosos que deveriam até hoje estar por lá. E por que não?

Lembranças do picolé de groselha do Sinfrônio, o melhor do Brasil sem nenhuma dúvida, do Cine Teatro Cuiabá, do Bandeirantes, do Cine Tropical, do Clube Feminino e do Dom Bosco, do Dutrinha, do Bar do Beto e dos banhos no Rio Coxipó.
Como seria bom a gente ler no programa do futuro governador de Mato Grosso, seja lá quem for, que uma de suas prioridades seria a despoluição completa do Rio Coxipó, devolvendo-o à sociedade cuiabana para que os jovens de hoje possam ter a mesma felicidade que eu e meus amigos tivemos na nossa juventude.

Como seria bom a gente ler em um desses programas que o futuro governador se comprometeria com a cidade, uma das poucas do mundo a ter um maravilhoso rio a cortar seu perímetro urbano, a criar praias ao longo de seu trajeto para que as famílias cuiabanas pudessem, a pé, de ônibus, com seu próprio automóvel deliciar das águas que outrora trouxeram momentos maravilhosos de lazer a muitos.

Por estar dentro do período urbano, o Rio Coxipó tal como o Cuiabá, surge como a mais importante e barata opção de lazer do cuiabano.

Ainda há chances de se cuidar desse rio. Tenho um amigo que trabalha com sofás e mora no Boa Esperança, que não passa uma semana sem comer um peixinho retirado desse rio. Se tem peixe é por que ainda há vida.

Muito melhor que se deslocar 40 ou 45 quilômetros até a Salgadeira em uma estrada que oferece alto risco de acidente principalmente ao se degustar uma “bem gelada’.

Salgadeira para cuiabanos da minha época, era coisa fora de projeto. Longe, por estrada de terra e que jamais cogitava a gurizada, se reunir para um banho lá.

Como gostaria que isso se realizasse. Sonho pequeno de quem conheceu a Cuiabá que escravizou de amor os corações de muita gente.

Eduardo Póvoas cirurgião dentista pós-graduado pela UFRJ

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