Kennedy (MDB) de Cuiabá é o décimo quinto candidato a prefeito focalizado pela Série Em quem votar ou não votar, que aborda aleatoriamente os nomes que estão em campanha para a Prefeitura de Cuiabá e dos municípios de Barra do Garças, Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis e outras importantes cidades mato-grossenses.
A série começou com Beto Farias (PL), de Barra do Garças; e prosseguiu com Lúdio Cabral (PT) e Victorio Galli (DC), ambos de Cuiabá; Mariano Kolankiewicz (MDB), de Água Boa; Teti Augustin (PT) e Adilton Sachetti (Republicanos), ambos de Rondonópolis; Miltão (PSOL), de Várzea Várzea; Vander Masson (União), de Tangará da Serra; Eliene Liberato (PSB), de Cáceres; Roberto Dorner (PL), de Sinop; Miguel Vaz (Republicanos), de Lucas do Rio Verde; Chico Gamba (União), de Alta Floresta; Zé Domingos (União), de Nobres; e Fábio Junqueira (Republicanos) de Tangará da Serra. Alguns ainda na fase de pré-campanha saíram da disputa.
ELE – Domingos Kennedy Garcia Sales nasceu em Paranavaí (PR) em 12 de fevereiro de 1964. Aos 18 anos trocou o Paraná por Cuiabá. Chegou pobre e sonhador. Em entrevista disse que foi bancário e funcionário de empresa até chegar ao empresariado. Nos meios empresariais presidiu a Associação dos Empresários do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC). Sua companheira de chapa é a cientista política e contadora cuiabana Míriam Calazans dos Santos (PDT), que regionalmente preside seu partido e ao contrário de Kennedy, disputou eleição. Em 2018 Míriam disputou para deputada estadual e recebeu 148 votos. Míriam informa que milita no PDT há 34 anos e que não tem patrimônio.
Kennedy não apresenta cartão de visita, mas se o tivesse certamente no mesmo constaria que ele nunca disputou eleição nem é político. Porém, numa entrevista o deputado estadual Paulo Araújo (PP) disse que Kennedy militou no seu partido e que foi um grande aliado.
Não é difícil entender a razão para Kennedy fugir do rótulo de político. Afinal, seu partido é caracterizado por lideranças mergulhadas em escândalos, a exemplo do ex-governador Silval Barbosa e do prefeito de Cuiabá e padrinho de sua candidatura, Emanuel Pinheiro. Sobre Silval está claro que Kennedy nunca gravitou em seu grupo. Porém, quanto a Emanuel se todos se calarem sobre a ligação eleitoral que o une a Kennedy, até os peixes do poluído rio que empresta o nome à capital gritarão que ela é mais forte do que o calorão que é a marca da tricentenária cidade de Moreira Cabral.
A negativa de Kennedy consciente ou inconscientemente é o melhor atestado de sua condição de político, que tenta abrir caminho com habilidade verbal.
Quanto ao Kennedy empresário, condição essa que poderia lhe abrir portas diante do descrédito da classe política, fica uma interrogação: sua declaração patrimonial de 5,8 milhões ao TRE não soou bem. Todos os que bebem água sabem que alguém com uma quantia assim não recebe tratamento de empresário no Distrito Industrial de Cuiabá. Políticos também são criticados por omitir patrimônio e costumeiramente deixar bens em nome de parentes ou laranjas fora da família. Cuiabá precisando de um administrador com visão empresarial pode refugar diante da declaração de bens de Kennedy.
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A campanha avança. Kennedy participa de debates e entrevistas, visita bairros e promove reuniões com segmentos sociais e empresariais. Para cada problema enfrentado por Cuiabá ele tem uma solução – os demais candidatos também têm suas varinhas mágicas – mas não toca no nome do cacique Carlos Bezerra, presidente regional de seu partido. Aliás, Kennedy evita a cúpula emedebista em seus discursos limitando-se a citar o deputado federal Emanuel Pinheiro, ao qual chama de Emanuelzinho, e o advogado Francisco Faiad, presidente municipal da sigla. Quanto menos MDB, menor o risco de ser associado àquele partido.
Miriam, a companheira de chapa, está apagada na campanha. Simboliza a participação feminina na chapa, mas na verdade é um nome meramente decorativo em sua campanha que é recheada pelo grupo ligado ao prefeito Emanuel Pinheiro.
Dinheiro para a campanha não deverá ser problema para Kennedy, que pode gastar até 13,32 milhões no primeiro turno e 5,32 milhões no segundo. Seu MDB tem uma montanha de dinheiro para o Fundo Partidário e seguramente seus colegas empresários no Distrito Industrial de Cuiabá não se omitirão na hora de botar a mão no bolso.
Fotos: Felipe Barros/Assessoria
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