Boa Midia

Sete municípios sem coronavírus e sem saúde pública

Tesouro sem coronavírus e sem estrutura hospitalar
Mato Grosso com 3.484.466 habitantes é assolado pelo coronavírus, que até ontem, 26, matou 504 cidadãos em 70 municípios e contaminou 13.406 em 134. Ou seja, em 50% dos municípios ocorreram óbitos e em 95% o vírus está presente. Nesse cenário preocupante, um reduzido grupo de sete municípios formado por Carlinda com 10.305 habitantes, Tesouro (3.805), Torixoréu (3.609), Salto do Céu (3.365), Glória D’Oeste (3.016),  Planalto da Serra (2.662) e Araguainha (935) está livre da doença e nenhum tem estrutura de saúde pública. Essa amostragem reflete bem o que acontece em Mato Grosso.

Com mais de 13 mil infectados, Mato Grosso tem somente tem UTIs para coronavírus em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Alta Floresta, Cáceres, Barra do Garças e Juína. Nos demais é o salve-se quem puder. Mesmo em meio à pandemia essa realidade não desperta a Imprensa (salvo uma exceção aqui, ali ou acolá) e a população para revindicarem melhoria no setor. Em situação confortável, sem cobranças, não tira a classe política da inércia crônica.

Os municípios sem registro de coronavírus somam 27.697 habitantes. Em nenhum deles há estrutura hospitalar para atendimento a eventuais contaminados pelo vírus. Todos são referenciados por hospital na região.

Carlinda é atendido pelo Hospital Regional de Alta Floresta, que sequer tem leito de unidade de terapia intensiva (UTI) em funcionamento. A alternativa é remoção por UTI aérea para Cuiabá.

Araguainha e sua matriz católica

Tesouro e Araguainha, pertencem ao polo de saúde de Rondonópolis, onde os dois hospitais com leitos públicos para coronavírus, o Regional e a Santa Casa permanecem sempre lotados. A  alternativa para ambos também é Cuiabá.

Torixoréu integra o polo de saúde de Barra do Garças, que também se encontra com as UTIs para coronavírus ocupadas. Cuiabá segue sendo o destino para atendimento.

Salto do Céu e Glória D”Oeste, na faixa de fronteira, são referenciados por Cáceres, onde o único hospital com leitos para pacientes com coronavírus, o São Luiz, está com lotação máxima. Cuiabá novamente entra em cena.

Planalto da Serra, sem acesso pavimentado, não tem a mínima infraestrutura hospitalar. O destino natural de adoentados e acidentados é Cuiabá.

Redação blogdoeduardogomes com fotos de arquivo

 

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