O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, se reunirá nesta terça-feira (11), em Washington, com o rei Abdullah, da Jordânia, quando deve exigir da liderança árabe que aceite o plano de transferência permanente dos palestinos da Faixa de Gaza para o país vizinho. O governo jordaniano tem rejeitado o plano da Casa Branca e Trump ameaça cortar a ajuda financeira que concede ao país do Oriente Médio. Em entrevista à Fox News divulgada nessa segunda-feira (10), Trump confirmou que a transferência dos mais de dois milhões de palestinos de Gaza para o Egito e Jordânia seria permanente.
“Nós construiremos comunidades bonitas, comunidades seguras — podem ser cinco, seis, podem ser duas — nós construiremos comunidades seguras, um pouco longe de onde elas estão, de onde todo esse perigo está”, disse Trump, acrescentando que a ideia é “construir um lugar permanente para eles [palestinos]”.
A ideia é rejeitada por palestinos e por lideranças árabes, incluindo a Arábia Saudita, mas foi bem recebida por Israel. O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, orientou seu governo a preparar um plano para emigração de palestinos de Gaza.
A Jordânia atualmente abriga 2,3 milhões de palestinos refugiados dos conflitos anteriores, iniciados em 1948, com a criação do Estado de Israel. De acordo com a Agência para Refugiados Palestinos da Organização das Nações Unidas (UNRWA), há 13 campos de refugiados palestinos na Jordânia.
O plano de Trump e Netanyahu para Gaza reforça a acusação de palestinos, organizações de direitos humanos e críticos de Israel que alegam que a ação militar no enclave visa a limpeza étnica do território e anexação de Gaza.
Por meio de nota, o Hamas rejeitou a transferência dos habitantes para os países vizinhos. “Nosso povo palestino frustrará todos os planos de deslocamento e realocação forçada. Gaza pertence ao seu povo, e eles a deixarão apenas para retornar às suas cidades e vilas ocupadas em 1948”, informou.
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